Cosme e Damião, os santos de curas milagrosas, se tornaram médicos reconhecidos no Oriente e Ocidente por aliarem a fé com seus conhecimentos científicos

Os irmãos Cosme e Damião nasceram na Arábia e viveram na Ásia Menor, que fica no Oriente. O talento por medicina foi despertado logo cedo, então estudaram e se formaram na Síria, começando a carreira como médicos. Se destacavam por usar a fé com seus conhecimentos científicos, o que resultava em curas que eram consideradas milagres por muitos. Outro ponto que fez Cosme e Damião serem prestigiados, é que nada cobravam pelos seus serviços de medicina. Com isso, conseguiam converter muitas pessoas descrentes de Deus e Cristo. Ao perceber este movimento, o governador da região, ordenado pelo imperador da época, Diocleciano, decretou a prisão dos irmãos os acusando de feitiçaria em suas práticas medicinais. Neste período, Cosme e Damião sofreram torturas ao negarem os deuses dos pagãos, e a morte de ambos foi por decapitação, no século IV. Os corpos dos irmãos foram transferidos para uma igreja dedicada a eles, na Síria, e no local, muitos milagres foram declarados após as pessoas clamarem sob os seus túmulos. A caridade de Cosme e Damião não foi esquecida, e igrejas e basílicas foram sendo construídas não apenas naquela região, mas também em Constantinopla (hoje Istambul), e chegaram ao Ocidente a partir de Roma (Itália), em honra dos irmãos que eram considerados protetores da saúde do povo. O papa Félix IV, entre 526 e 530, decretou no dia 26 de setembro a solenidade a Cosme e Damião, que são considerados santos e venerados como padroeiros dos médicos, dos farmacêuticos e dos centros de estudo de medicina.